segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Os não-padrões da Pobreza


Povo brasileiro: culturalmente pobre ou pobre culturalmente?
Fomos coloni(escravi)zados, nosso povo (índios) exterminados, mas conseguimos a "independência"...
Colônia, república, ditadura, república. O poeta grita: Brasil, mostra tua cara! Mais cuspida e lavada impossível? Possível! E bem debaixo do nosso nariz.
Marx foi mal interpretado quando falou de uma classe de dominadores e outra de dominados. Ele se referia ao fato de ambos não partirem do mesmo ponto, aí está algo que em si já demonstra o porquê da desigualdade selvagem.
Você tem pena dos pobres? Pois saiba que muitos deles ganham e muito em cima desse esteriótipo de 'tadinho'. Crescemos nos inclinando para o discurso nobre e louvável de mudar a realidade social dos desfavorecidos, criar oportunidades, soluções para enfrentamento da pobreza, bolsa aqui, ali, aculá. Isso já virou comércio! Aqui o santo não desconfia da exorbitante esmola, do contrário, se prostitui para conseguir mais.
É sempre possível fazer ou tentar fazer algo. Resta saber se os que esperam por algo estejam de fato dispostos não a querer serem ajudados, mas se ajudarem. Pode parecer paradoxo, inconcebível, mas a pobreza pode ser confortável.
Bolsa escola por frequência? e o bom rendimento?
R$ 1.200,00 por filho até os 12 anos para mãe solteira? Tem mães que usam crianças para se manter. Basta a penção não atingir o salário mínimo.
E a bolsa família? deveria ter um tempo limite fixado.

Bom, isso aqui é mais um desabafo.
Pensar que mais que uma realidade ou problema, a pobreza seja um traço cultural, faz com que todas essas políticas públicas sejam um reforçador da condição de pobreza e não um incentivo à mobilidade social.

Mas como em todo caso, há casos e casos...
É preciso agora estudá-los!

E lá vamos nós...

Hasta!


Um comentário:

Thamila Santos disse...

Adorei a nova roupagem!
E tenho um livro que você adoraria que fala sobre isso tudo!
'O Feitiço da política pública.' da Estela Scheinbar
ps. ela é foucaultiana,aê já viu,né?!

maravilhoso.