Sobre o dia do Psicólogo

Ontem, é, ontem foi o dia do Psicólogo, 27 de agosto, recesso escolar, mas não pelo nosso (quase) dia.

Ah, eu sabia que era o dia do psicólogo, não estou postando hoje porque esqueci...

Mas, estou aqui para lançar uma reflexão séria acerca desse saber ora sedutor e fascinante, ora horrendo e incompreensível. Eis o psicólogo, aquele que tem o poder de sessar o sofrimento, que é sensível ao clamor e à cólera, que conhece o inconhecível, que detém o domínio do indominável. Um mito, um messias.

Um professor meu diz que nosso pão de cada dia é a subjetividade, não discordo, mas é mais concreto para mim o sofrimento como nosso pão de cada dia. Mas, o fato é que, como uma professora minha diz: nossa ferramenta de trabalho é a palavra e ela deixa cortes muito mais profundos do que um bisturi. Só a pessoa que ouve a palavra é que sabe o peso e significado que ela produz, o quanto e o que ela reverbera e às vezes isso leva tempo, nem sempre se apreende de imediato o significado. Já dizia o poeta que entre as coisas que nunca voltam está a palavra dita...

É, hermanos! Futuros psicólogos como eu, carregamos uma grande responsabilidade, temos o poder de olhar para um pessoa, avaliá-la e dar o seu diagnóstico, diagnóstico esse que ela carregará com ela para sempre. O poder de dizer o que ou quem alguém é. Os segredos mais íntimos são desvelados entre as quatro paredes frias de um consultório, quando se tem um. Um confessionário científico. O clássico quebra-cabeças.

E no final, quem sabe dizer da psicologia? Quem souber me diga! para mim ainda é o icognoscível, a 'coisa em si' de Kant.

Vamos pensar, estudar e cuidar...

Feliz dia do Psicólogo? se depender de Rozângela Alves Justino, infeliz.