Caríssimos leitores e caríssimas leitoras,
Estou aqui hoje para compartilhar uma alegria que estou tendo, a de ter a honra de prefaciar o primeiro livro da minha querida amiga Lumara (Lumi), autora do blog É vazio e escuro o meu baú dos tesouros, intitulado Em construção (SEMPRE)...
Abaixo compartilho minha pequena contribuição para um livro que tive o prazer de ler e que encaro como uma afirmação do talento da sua autora.
"Escreve um livro!
Não esperava que Lumara fosse levar ao pé da letra o despretensioso comentário
feito em meio a risos durante mais um relato, esboçado às pressas enquanto nos
esbarramos pelos estreitos corredores do antigo prédio onde cursamos
psicologia, acerca de um dos Fábios, que se embaralhavam em minha cabeça
fazendo uma confusão nada entediante. Tampouco esperava ser gentilmente, e ao
mesmo tempo abruptamente, convidada (convocada) a prefaciar este livro.
Acredito que há histórias que só podem ser contadas através de um livro, porque
somente livros para contar certas histórias. Em construção (SEMPRE) é um desses
livros ou uma dessas histórias. Perceba a deixa implícita em seu título. Neste
livro se concretiza a protagonista como é e como gostaria de ser. Ao lê-lo
sentimo-nos um observador participante ou um participante observador, como
achar melhor. Somos convidados a acompanhar uma história que de tão comum e de
tão extraordinária, é tão passível de ser sentida como real. Entretanto, esse
não é o mérito da questão. Nossa relação com uma obra diz de nossa relação com
nós mesmos, com nossa história de vida, com o que estamos vivendo no momento em
que a encontramos. Contudo, esse continua não sendo o mérito da questão.
A forma como os personagens são arranjado dá brecha para aquela máxima que
afirma que tudo tem a ver com tudo. Travestido de coincidências, o desenrolar
da trama ensaia (des)encontros oras afinados na medida do possível, oras que
parecem como se algo tivesse se perdido ao longo do caminho. Alguma semelhança
com o desenrolar da vida? As trajetórias de vida dos personagens se atravessam
de tal forma que torna-se inevitável que cada um deles saia ileso desse
ínterim. Nesse emaranhado dançam lado a lado intensidades e intenções, sonhos e
ilusões, desafetos e paixões. Não há espaço para meios termos e muito menos
para temperaturas mornas.
Aqui as delicadezas não carecem de sutileza, pois há cumplicidade o suficiente
para que elas transbordem. Aqui os processos são levados em consideração, pois
eles escancaram a crueza da experiência, assim como suas rugas. Água com
açúcar? Nem se for para acalmar os nervos. Lumara inaugura publicamente sua
obra desbanalizando o óbvio, a vida (nua e crua) da gente, sem precisar negar
fra(n)quezas.
Co-mova-se, eis o convite!"
Ficou instigado? Tem uma fanpage no Facebook especialmente sobre o livro: https://www.facebook.com/EmConstrucaoSempre
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