Já dizia Vinícius de Morais: A vida é feita de encontro.
Tanto concordo com ele como cada dia que passa me convenço mais disso e reúno motivos para continuar acreditando. Afirmo com firmeza, pois vivo de encontros e convivo com os frutos deles.
Encontros acontecem, não são privilégios, e sim intuições. Percebo-os como uma desconstrução, talvez porque haja amor nisso tudo. Falo de um amor que supera o romantismo, de um amor-vísceras, um amor-peça-de-quebra-cabeças, um amor-catavento, um amor diverso.
O ditado popular já alertava: peças iguais não formam figura. Porém, por mais que duas peças se encaixem, elas continuam incompletas, ou com pelo menos um encaixe disponível. Os encaixes não dizem apenas de forma, mas de conteúdo. É por aí que arrisco conceber como funcionam as relações entre as pessoas. Elas se encontram em suas fraquezas, insanidades, sutilezas, desesperos, seus teores mais louváveis e mais desprezáveis. Sinto que há uma grande diferença entre: "Eu amo uma pessoa" e "A pessoa que eu amo". Amor não é âncora, é re-pouso e de-colagem.
Rosiane
Um comentário:
Perfeito!
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