domingo, 31 de março de 2013

Sobre Deus

Estudo, converso, penso, questiono, experiencio. E o conceito de Deus atravessa tudo isso.
Será Deus uma forma de (nos) comunicarmos (com) o que extrapola o humano em nós? Será Deus uma forma de nomearmos essa potência e esse perigo de transformação que carremos? Um teoantropocentrismo de nós. Uma invenção que nada mais é que uma invenção de nós mesmo. Eu não sei. Mas minha experiência com Deus tem me levado para o sentimento de que cada vez o encontro mais encarnado, borrado, imbricado em mim, como se fossemos parte de uma mesma coisa.
Enquanto isso ele vai deslizando diante dos inúmeros esforços da ciência, ainda arraigada aos princípios clássicos, na direção de anulá-lo. O que ela não quer reconhecer é que, assim como os demais conhecimentos, tem limites e que eles esbarram justamente no que ela não dá conta, não povoa, não pode dizer(-se): o entre da experiência, esse território onde as coisas acontecem, onde situamos o mundo vivido e onde o significamos de forma própria, íntima. 
Eu acredito em Deus e continuarei acreditando independente dos esforços meteóricos e nada atraentes da suposta (deusa) ciência em abalar meu credo. E continuarei porque meu conceito de Deus não é fixo, não é rígido, não é contínuo e muito menos eterno. 

rosiane

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